segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Comentário da enquete


Postei uma enquete no blog para saber a opinião dos leitores sobre o que mais atrapalhava a educação municipal, veja o resultado:

Falta de gerenciamento (36%)

Descompromisso de parte dos professores (0%)


Falta de investimento (44%)

Desunião da classe (48%)


Mesmo que o resultado não tenha rigor científico e não permite afirmações conclusivas, é possível notar que a desunião da classe é um item considerado como um impecilho ao desenvolvimento da educação municipal. Realmente, quando não conseguimos ter uma unidade mínima de pensamento e ação em uma classe, não conseguimos exercer a força que promove os movimentos sociais, principalmente na educação. Quando cada um pensa em si mesmo e leva em consideração somente os interesses pessoais imediatos, todos ficamos fracos. Quando nos organizamos para construir uma unidade de pensamento em torno de interesses comuns, ficamos mais fortes. A desunião, muitas vezes é fruto de uma história de cerceamento da participação política e de tomada de decisões. Quando as pessoas passam a participar das decisões e ter liberdade de expressar as suas ideias e dialogar, existe uma chance muito maior de consenso em torno de pontos que podem ser defendido por todos e, consequentemente, um movimento positivo de transformação da realidade.


Outro resultado expressivo é a falta de investimento e, neste item, todos têm razão, pois historicamente a educação sofre com a falta de investimentos, não é problema de uma gestão municipal, estadual ou federal, é uma questão de política nacional, projeto de país que não incluiu a educação como prioridade absoluta como fizeram governos da Alemanha, Coréia, Suécia, entre outros. Definir a educação como caminho de transformação da sociedade exige determinação em de vários governos para a construção de um projeto de médio e longo prazo sem deixar que rivalidades eleitorais o atrapalhe. Infelizmente, o Brasil desperta lentamente para esta necessidade, quem sabe o barulho da guerra do tráfico, ou o grito de socorro dos excluídos possam acordar o nosso país e os seus governantes e colocar a educação como prioridade nacional.


Pensarei em uma nova enquete...