sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Otimização do Transporte Escolar


Já tive oportunidade de postar no blog os avanços que alcançamos no transporte escolar: ampliação de 24 para 54 rotas, e de 2100 crianças transportadas para quase 4300. A maior ampliação do transporte escolar que Caratinga já assistiu. Não só ampliamos como melhoramos a qualidade. Antes existiam veículos com mais de 10 anos de uso atendendo as crianças, agora estabelecemos o limite de 05 anos e inspeção obrigatória de todos os requisitos de segurança, incluindo curso de transporte escolar dos motoristas. Muitas escolas estaduais aumentaram o número de alunos devido a esta expansão do transporte escolar e muitas crianças que estavam fora da escola estão agora estudando. Diminui a repetência e a evasão, aumentou a frequência nas aulas. Conquistas que o pessoal da zona rural sabe tão bem reconhecer.




Entretanto, sabemos que o dinheiro repassado pelo estado (cerca de R$ 280) aunais, não cobre as despesas em relação ao transporte dos alunos. O que não impede de esforçarmos para continuar atendendo as crianças e as escolas da zona rural. Todavia, torna-se nossa obrigação encontrar alternativas inteligentes para reduzir o gasto do dinheiro público, sem contudo diminuir o atendimento ao transporte escolar. A indicação técnica foi de substituir konbis por micro ônibus, na medida em que a capacidade de transporte de um micro ônibus (24) é mais de duas vezes o da kombi (9), portanto é possível com esta medida simples reduzir em 40% o valor pago e ainda evitando número excedente de alunos e oferecendo mais conforto aos alunos. A medida reduz o gatos do dinheiro público, mas pode contrariar motoristas que poderão ser dispensados. Estou convencido que não é porque contrariamos poucos que devemos deixar de fazer a coisa certa para beneficiar a todos. A mudança deve ser feita e acompanhada para que possamos fazer os ajustes necessários. O resultado final somente poderemos avaliar depois de um tempo. Em Patrocínio por exemplo, a comunidade reclamou que a estrada estava ruim e o micro ônibus tinha dificuldade de fazer a rota, enviamos imediatamente através da Secretaria de Obras máquinas para realizar o patrolamento, até porque melhor melhorar a estrada para o micro ônibus passar do que colocar kombi porque o trajeto é precário. Devemos olhar para frente e querer melhorar sempre. Gastando menos e atendendo melhor.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Nossa língua agradece



Iniciamos hoje a capacitação de 60 educadoras que vão conduzir o processo das olimpíadas da língua portuguesa nas escolas de Caratinga e região. Estive com a turma na parte da manhã e senti que era um grupo compromissado e atento. Considero o conhecimento da nossa língua condição necessária para o denvolvimento dos nossos alunos. Falar e escrever bem é uma tarefa exigida em qualquer área profissional, e em qualquer circunstância da vida, por isso estamos investindo para que a capacitação seja modelo na região. As olimpíadas podem desencadear diversas outras estratégias que aproximem os nossos alunos da língua portuguesa, principalmente com atividades pedagógicas que incentivem a produção. Como apontava John Dewey, filósofo da educação que influenciou grande parte da nova geração de educadores, o conhecimento se aprende fazendo, através do lema "learning by doing". As olimpíadas se configuram em uma estratégia de fazer com que todos alunos ponham a mão na massa, afinal só aprendemos quando fazemos. Incentivei às educadoras que criem uma onda de participação e envolvimento da comunidade escolar para levantar a bandeira de conduzirem seus alunos para o mundo da leitura e escrita. As olimpíadas podem ser vistas como apenas o começo.

Elas ficarão 04 dias discutindo novas abordagens e se capacitando para serem multiplicadoras. Parabéns a equipe organizadora da Secretaria Municipal de Educação. O compromisso da equipe garante a qualidade dos encontros. Boa Sorte a todos os participantes! A nossa língua agradece.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

As salas de Santa Efigênia


Estive em Santa Efigênia no ano passado para ver como funcionava a Escola Municipal São Sebastião dos Santos Rosa. As crianças são espertas e carinhosas, a equipe me pareceu muito coesa e a Tereza Pontes, diretora, sempre animada e com um bom astral. Equipe afinada, bem dirigida, alunos interessados, mas havia um problema. Duas turmas estavam funcionando fora da escola em lugar totalmente inadequado para funcionar. Prefiro aqui nem citar os locais de funcionamento, pois traria vergonha para qualquer pessoa que se diz Caratinguense. As aulas eram prejudicadas e os alunos se sentiam discriminados. As crianças imploravam para as professoras: "Tia, quero ir para escola". Uma frase forte para qualquer educador escutar, principalmente vindo de um aluno que já estava estudanto. Ela queria ir para escola porque sentia que não fazia parte dela, já que estudava em um local fora da escola que ninguém poderia imaginar uma sala de aula. Prometi à Diretora que faria o possível para reverter a situação. Em parceria com a Silvana fizemos uma solicitação ao superintendência para construir uma sala de aula no terreno da escola estadual e a Rita atendeu prontamente. Fizemos o projeto e submetemos à Angelita que e o prefeito quando ficou sabendo da situação autorizou imediatamente o prosseguimento. O Rinaldo também me ajudou muito nesta fase do início das obras, enfim a construção está acontecendo.


Estive novamente em Santa Efigênia com o Rinaldo para acompanhar, a pedido do prefeito, a construção das salas. Está ficando ótimo! Salas amplas e arejadas, bem construídas com material de qualidade. Fiquei mais feliz ainda de ver as crianças vibrando com a construção. A escola, mesmo sendo do estado, agora já pode oferecer duas salas novas aos alunos da rede municipal. Escutei outro dia de um político que ações como essa não trazem votos, pois o distrito tem uma população pquena e não devíamos dar atenção. Discordo, a educação é sempre importante e não importa se isso traz votos ou não, mas sim se dormimos em paz com a nossa consciência de fazer o que deve ser feito. O prefeito tem demonstrado confiança no nosso trabalho e sensível para responder prontamente às necessidades da educação. Devemos inaugurar até o final do mês o novo espaço. Pequenos avanços com grande alegria!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Avaliação Interna


Qualquer livro de gestão enfatiza a necessidade de avaliar o que está acontecendo como condição básica para melhorar. Como podemos melhorar se não sabemos de onde partimos? Como saberemos se as medidas implementadas deram resultados? Por isso avaliar o que está sendo feito através de metodologia adequada é algo indispensável para quem deseja resultados . Na gestão educacional não é diferente, pois a avaliação se constitui etapa obrigatória em todos os níveis. não é por acaso que nos últimos anos os governos estadual e federal implementaram avaliações sistemáticas em todos o segmentos educacionais como a Prova Brasil, Proebe, Proalfa, Enem, Enade, dentre outros. Saber onde estão as deficiências e determinar um plano de ação para saná-las faz parte da evolução da educação. Com as avaliações podemos ter referência de como o nosso trabalho está interferindo na apredizagem dos alunos e melhorando a qualidade da educação.


Quando iniciamos nosso trabalho tínhamos disponíveis somente os dados das avaliações externas que, apesar de ajudarem, utilizava parâmetros gerais e não podíamos compreender com mais profundidade como estava o desenvolvimento. Necessitávamos de indicador próprio que fosse elaborado pela nossa equipe e que levasse em conta o nosso planejamento pedagógico. As coordenadoras pedagógicas aceitaram o desafio e definiu uma prova baseada na nossa matriz de referência incluindo Português e Matemática. Reunimos no início do ano para discutir os resultados e pudemos perceber que a educação está evoluindo. Somando todas as notas de todas as turmas e produzindo uma média percebemos que passamos de 52 pontos em português no primeiro semestre para 65 pontos no segundo semestre, já em Matemática passamos de 59 para 70 pontos. Aumentamos o rendimento dos alunos em média em 16%. Nosso objetivo é conseguir um aproveitamento mínimo de 70 pontos e a cada ano verificar onde será necessário um plano de intervenção apropriado e onde devemos manter o trabalho que está sendo realizado. Minha expectativa é de que consigamos melhorar o principal indicador que é o IDEB.