sexta-feira, 26 de março de 2010

Talentos escondidos


A imagem que prevalece é de que na prefeitura existem somente pessoas "encostadas" que não gostam de trabalhar e que só sabem fazer politicagem no ambiente de trabalho. Existe ainda a crença de que não há competência técnica e gerencial dentre os servidores efetivos, muito menos existe sensibilidade social nos funcionários de carreira na administração pública.


Tenho conhecido muita gente que desmente estas afirmações e desmontam a crença estabelecida. Existe muita gente boa na prefeitura, quando digo "boa" não é no sentido de ser uma pessoa agradável de bom papo, mas sim de pessoa qualificada, com competência e visão da coisa pública. Existe um grupo selecto de pessoas que não pertecem a partidos, grupos políticos, ou a administrações que dão um exemplo de dedicação ao serviço público. Pessoas que zelam pela prefeitura e sentem indignados quando as coisas não são feitas corretamente, mas também vibram quando algo é feito dentro dos princípios de eficiência e sensibilidade social. Pena que estou falando de um grupo que poucas vezes aparece, alguns nunca tiveram a possibilidade de emitir a sua opinião. Enxergo também que eles compartilham a mesma visão, princípios e motivação, mas estão fragmentados, perdidos na estrutura. Sei que muitos dos que conheço, não conversam entre eles e, por isso, não sabem desta afinidade. Existem pessoas que com um pouco de espaço e valorização conseguem fazer muito melhor do que os melhores consultores de administração pública que existem, pois fazem o que fazem pelo prazer de ver o certo ser realizado. Gostam de trabalhar na Prefeitura e se fossem pensar no salário ou no ambiente de trabalho já teriam deixado o ofício em busca de uma carreira melhor, mas continuam firme, independente do momento ou circunstâncias. São pessoas de coração bom, com propósitos firmes e que servem em primeiro lugar à administração pública.

Pena que eles não são a maioria, mas não sabem a força que possuem. Afinal, como dizia o meu saudoso avô Rev. Uriel: "A força de um Homem não é física nem intelectual, a força de um homem está no seu caráter". Eles servem como inspiração a todos que acreditam que vale a pena servir a sua comunidade, independente do que aconteça. Muitas vezes é preciso ter força de remar contra a maré para se chegar aos objetivos e vejo nos bravos e fartos exemplos que temos na Prefeitura Municipal de Caratinga, que não importa a força da correnteza da falta de compromisso de alguns, ou interesse estritamente financista de outros que eles continuarão remando. Esta postagem é dedicada a todos os servidores públicos que fazem o seu serviço com dedicação e competência, conheço alguns e tenho certeza de que existem outros que ainda não conheço. O meu agradecimento sincero por fazer mais do que esperam que vocês façam. Mesmo que este esforço não seja reconhecido como deveria, saiba de que vale a pena fazer a diferença.

terça-feira, 16 de março de 2010

Educação: pensar grande


A educação entendida em seu sentido lato, como inerente à condição humana e essencial ao desenvolvimento das comunidades, está carecendo de resgatar o seu verdadeiro significado. Educação é uma profissão ou uma missão? Educação pertence a uma classe ou a todos? Qual educação que queremos para nossa cidade? O que precisa para mudar em relação ao que está posto? O que é qualidade na educação? O que influencia na motivação dos educadores? Como conseguir educadores mais qualificados? O que fazer para que os alunos gostem da escola? São questões importantes como estas que merecem ser discutidas com a profundidade. A educação é o que pode transformar a nossa realidade e fazer o desenvolvimento acontecer. Celso Furtado, um dos maiores pensadores brasileiros do último século, acreditava que um país não precisa passar pelo estágio de subdesenvolvimento para adquirir o status de país desenvolvido. O desenvolvimento somente seria possível com uma cultura que valorizasse a criatividade libertadora de um povo, ou seja, enquanto ficamos somente imitando outros países, importamos a lógica da inferioridade, mesmo que disfarçada. Quando assumimos a nossa identidade, nosso jeito de ser e, ainda, utilizamos a nossa inteligência e energia para resolver os nossos problemas com soluções próprias e criativas, ultrapassamos a fronteira da mesmice para anunciar caminhos que somente nós podemos construir. Todos os questionamentos precisam da reflexão dos educadores, sem querer importar soluções de fora. É muito comum que pensamentos "batidos"nos tornem automatizados e robotizados na hora de pensar a educação. Um dos maiores vícios em nosso meio, justamente pela carência histórica, é de enxergar somente o que está faltando. Falta estrutura, falta salário, falta alunos melhores, falta apoio da família, falta isso, falta aquilo... Falta mesmo (sem dúvida), mas esta não deve ser a única maneira de enxergar o que nos rodeia porque se ficamos somente olhando as lacunas e ou buracos não temos tempo de enxergar os milagres da educação. (igual aquleas pessoas que passam a vida se queixando e se esquecem de viver). Podemos gastar a nossa energia buscando soluções criativas para problemas antigos. As soluções estão ao nosso alcance e não estão somente na mão de especialistas e figurões que vivem em outra realidade. Quem pode desenvolver e melhor metodologia do aluno da zona rural do que uma professora da zona rural dedicada a criar novos modelos didáticos? Quem poderia descobrir o caminho para dar um salto na alfabetização do que as nossas alfabetizadoras? Quem pode encontrar o melhor modelo pedagógico das creches do que as nossas professoras da educação infantil? Agora, as soluções requerem energia e dedicação, compromisso com a tarefa que se coloca. Não me diga que isto não é feito porque o dinheiro não compensa, afinal qual seria o preço que pagamos por esta tentativa? Será que esta barreira que nos impede de criar não foi construída de forma imaginária por interesses que preferem deixar tudo como está para que não haja mudança nenhuma? A utopia faz parte daqueles que desejam da vida mais do que a monotonia diária. O alimento da alma é o ideal, o sentido da vida, o que nos torna humano, por isso vale a pena refletir: quais soluções podemos construir como educadores?

domingo, 7 de março de 2010

08 de março


O que seria da educação sem o traço feminino, sem a sabedoria da mulher, sem o dom nato de educadora das mães? A educação talvez não existisse sem a mulher, não é por acaso que ela está presente nas salas de aula, na direção de escolas, nas coordenações pedagógicas e na construção do conhecimento da pedagogia. Quem confiaria os filhos, nos primeiros anos de escolaridade, à alguém que não seja uma mulher. Não é machismo ou feminismo, faz parte da nossa intuição e da sabedoria da humanidade. Em qualquer cultura ou nação sempre a mulher foi designada para o papel de educadora primária. A nossa primeira educadora invariavelmente é uma mulher, afinal tateamos o mundo ao nascermos através da nossa mãe e dos seus sentidos. Antes de ser uma profissão, um ofício, a educação faz parte da natureza da mulher, porque ela educa naturalmente juntando sensibilidade e racionalidade. Hoje, 08 de maço, precisamos render a nossa homenagem sincera a todas as mulheres que mesmo não sendo professoras, são educadoras de vidas e colocam o amor como o principal instrumento para fazer acontecer o aprendizado. O amor delas nos faz ir além e sem ele, talvez não teríamos Einstein, Freud ou Paulo Freire. O amor da mulher, da mãe e da professora atingem o nosso ponto invisível e nos remete ao mundo do conhecimento e querer saber um pouco mais de tudo. As vezes fico sem entender porque criaram um dia para homenagear as mulheres, serve apenas para que reflitamos sobre o seu papel e a sua importância, mas todo dia é dia das mulheres, sem elas o mundo perderia a cor, o cheiro e o sentido. Seria um mundo sem graça e com certeza eu não gostaria de viver ali. Melhor com elas, melhor ainda com elas na educação. Viva a educação, viva as mulheres!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Aumentou o número de crianças atendidas nas Creches


A rede municipal está atendendo atualmente 1176 crianças nas Creches e nos CEIM'S (Centro de Educação Infantil), com isso atingimos o maior patamar dos últimos anos. A educação infantil tornou-se uma prioridade na medida em que definimos uma Coordenação Pedagógica específica e elaboramos rotinas de aprendizagem e um programa de qualificação dos monitores e professores que se dedicam às crianças atendidas através das Creches e Ceim's.
O fato de termos conseguido aumentar o número de crianças atendidas demonstra investimento nas nossas unidades com ampliação de pessoal e de espaços físicos, mas a grande conquista está na implantação de um novo modelo pedagógico que foi desenvolvido especialmente para as crianças de até 06 anos de idade. Pensar o aprendizado para esta faixa etária requer um estudo que leve em consideração novas abordagens e estratégias de ensino-aprendizagem.
Lancei o desafio de chegarmos em 2011 com mais de 1300 crianças atendidas. Precisamos trabalhar muito, mas a ideia de que precisamos atender a todas as crianças que necessitam faz parte da nova cultura da educação infantil. Mesmo quando falta vagas em uma unidade, as coordenadoras são orientadas a acompanhar o problema dos pais e encontrar outra unidade que possua vaga. Vamos monitorar mês a mês as vagas existentes para que possamos divulgar e compartilhar a informação com os monitores e coordenadores, assim estaremos sempre prontos a acolher mais crianças. Acredito que ainda precisaremos ampliar mais 1000 vagas nas Creches e Ceim para atender 100% das pessoas que necessitam. Acredito que dentro de 4 anos poderemos alcançar este objetivo, mas desde já começamos a ampliar um pouco a cada ano. Com mais crianças dentro de unidades escolares, estaremos garantindo o seu futuro. Vamos em frente!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Educadoras de Creches e CEIM mais qualificadas

Participei de uma qualificação de todas as educacoras e coordenadoras de Creches e Ceim's da rede municipal. Tive a dimensão do quanto é importante esses profissionais serem orientados e ter a possibilidade de ter acesso a informação relativo a saúde e o bem estar da criança. Muita coisa do que foi passado a elas, também foi um aprendizado para mim. Por exemplo, sabiam que uma criança deve fazer a escovação até 3 anos sem creme dental? Dicas úteis como esta tornam o nosso pessoal mais preparado e qualificado para cuidar e acompanhar as crianças. O conhecimento quando bem aplicado tem o poder de melhorar muito a qualidade de vida das pessoas.

Ainda que parar todas as Creches e Ceim's por um dia possa trazer transtornos para mães e pais, acredito que o benefício de contar com profissionais mais qualificados é compensador. Afinal são elas que ficam com as crianças e qualquer informação a mais pode fazer grande diferença na rotina pedagógica das unidades de educação infantil. Além disso, esses momentos estão previstos no calendário entregue aos pais e servem para refletir sobre o que foi feito e aprimorar os nossos serviços, além de possibilitar trocas de experiências e unificação do discurso pedagógico. Talvez o resultado deste trabalho não apareça tão facilmente, mas quem acompanha de perto sabe a diferença que as qualificações exercem na educação infantil. Afinal são 1176 crianças que serão beneficiadas diretamente com profissionais mais preparados para atendê-las.