sexta-feira, 28 de maio de 2010

Semana Difícil


Esta semana foi difícil e pesada. Não é nada da Secretaria de Educação... No sábado passado fui comunicado de uma triste notícia. Havia falecido um primo-irmão e amigo de infância. Fomos criados juntos, éramos da mesma idade e foi doloroso ir ao enterro em Belo Horizonte e me juntar a dor dos amigos e da família. Ele era meu padrinho de casamento, eu também fui padrinho dele. Além disso, sou padrinho da sua filhinha de 4 anos. O Kal, como era conhecido, tinha uma grande alegria e vivia a vida intensamente. Uma amizade de ouro. Era daqueles amigos que temos certeza de poder contar em qualquer situação. Refleti muito esses dias sobre o verdadeiro sentido da vida e o que realmente é importante. Cheguei a conclusão de que as vezes damos valor a coisas que não tem a menor importância e que deixamos de lado outras vezes coisas preciosas como as nossas amizades e a família. Fiquei meio abatido esta semana e muita gente confundiu as coisas e disseminaram até que eu estava saindo desanimado com a Secretaria. Estava triste com a perda de uma pessoa muito importante na minha vida, momento de luto. A educação é uma das poucas certezas que tenho na minha vida. É o que eu gosto de fazer e faço com prazer, por isso quero estar envolvido com a educação, em qualquer nível, até morrer. Minha motivação se renova a cada vez que entro em uma escola e percebo a importância da educação na vida das crianças ou quando vejo pessoas que vieram de baixo e com um curso superior começam a crescer e a transformar a sua realidade. A educação é uma paixão que tenho, independente de cargos ou funções.

Existe uma coisa que acontece comigo que não sei explicar. Quanto mais dificuldades vejo na educação municipal, mais problemas aparecem, mais eu fico motivado em mudar as coisas. Não sei de onde vem esta força, mas estou certo que ela é real. Hoje, visitei a Escola Maria do Carmo Ribeiro, conhecida por ter entre seus alunos muitas crianças em situação de risco social. Conversamos com a diretora sobre as dificuldades, ouvimos histórias inenarráveis que nos deixam assustados. Começamos a pensar em um trabalho direcionado para alunos com dificuldade de aprendizagem e chegamos a conclusão de que faltava um lugar. O Bairro não possuía um espaço para este trabalho, ao contrário dos Programas de Educação Integrada do Barquinho Amarelo com o espaço do Chitão e o Geraldo Marques Cevidanes com o SESI. Mas precisávamos pelo menos de uma sala para o contra turno, pois podíamos desenvolver as outras atividades na praça. Chegou alguém e falou da igreja. Fomos ver o local e fiquei entusiasmado com a possibilidade. E assim as dificuldades vão se transformando em possibilidades. Porque difícil mesmo não é vencer os desafios da realidade educacional, difícil é perder um amigo, um filho e pai de família exemplar. Para isto, basta acostumar com a perda e assimilar a tristeza.


OBs: Estou diminuindo o ritmo de publicações e optado por manter atualizado o twitter. Para quem ainda não conhece, trata-se de um micro blog com postagens de até 140 caracteres. Acredito que é mais ágil e permite boa interação.